Junto à lagoa Pequena, encontrámos em 2021, o Centro Interpretativo da Lagoa Pequena, uma parceria entre o ICNF, I.P., o município de Sesimbra e a SPEA.
Este possui uma zona vedada com observatórios e percursos para observação de aves, como o camão (Porphyrio porphyrio), galeirão (Fulica atra), galinha-d'água (Gallinula chloropus), pato-real (Anas platyrhynchos), entre muitos outros.
A lagoa Grande, a lagoa Pequena e a lagoa da Estacada, bem como alguma área florestal envolvente, integram o sítio Ramsar n.º 825 “Lagoa de Albufeira”, com 1,995 ha.
A lagoa de Albufeira é uma Zona Húmida de Importância Internacional, integrando ainda a Rede Natura 2000, como Zona de Proteção Especial para a avifauna (ZPE) e como Zona Especial de Conservação (ZEC).
A sua importância para as aves aquáticas e passeriformes (vulgo pássaros) migradores outonais é reconhecida, pois desempenha importantes funções, enquanto área de refúgio e de alimentação.
Porém, a sua importância ecológica é muito mais vasta, dada a diversidade de plantas e de vegetação existente e a ocorrência de inúmeras espécies de invertebrados, anfíbios, répteis e de mamíferos ameaçados.
No inicio, junto à receção, podemos aceder a um folheto indicativo dos percursos e das aves e plantas, que poderemos identificar nos caminhos, o que torna a visita muito mais interessante. Segundo o nosso pequeno caminhante, é mais giro que caçar Pokémon. 😜😊
Ao longo dos percursos, encontramos diversas placas que nos direcionam para os percursos que escolhermos fazer.
E também placards com informações que complementam as visualizações dos percursos.
A montante da lagoa encontra-se uma zona palustre formada por uma mancha relativamente extensa de caniçal (Phragmites australis), designada por lagoa da Estacada.
Todos os percursos dão acesso a estruturas que permitem a observação de zonas da Lagoa Pequena, onde podemos observar a movimentação de inúmeras aves e até mesmo lontras.
Infelizmente, as nossas simples câmaras, não têm aquelas mega-lentes e as fotos, não espelham, nem de longe a beleza do local. Quem tenha binóculos, é aconselhável levar, para uma melhor observação.
Podemos dizer que encontrámos quase todas as aves que se encontram no folheto e ficámos muito mais elucidados, e até já conseguimos identificar essas mesmas aves, noutros locais, pelos quais temos passado ( à semelhança do que já nos tinha acontecido, com as aves de rapina, desde que visitamos a Falcoaria Real de Salvaterra de Magos).
Este é, sem dúvida, um espaço tranquilo onde é possível relaxar e usufruir do que a natureza tem de melhor.
A grande diversidade de habitats e condições de abrigo, alimentação e nidificação para aves aquáticas, residentes e migratórias, são condições que levaram à integração obrigatória deste espaço no roteiro de birdwatching em Portugal.
Atualmente, o Espaço Interpretativo da Lagoa Pequena disponibiliza um vasto conjunto de atividades
para públicos diversos, desde famílias, observadores de aves, fotógrafos de natureza, comunidade
escolar, entre outros
Existe em cada observatório, também um painel ilustrativo das espécies avícolas, que podem observar-se em cada um deles.
E gostámos tanto, que decidimos voltar no inverno de 2022.
A paisagem de cores completamente diversas, daquelas que encontramos no Verão, já fez valer a pena o regresso.
Desta vez, também já fomos prevenidos com binóculos, o que permitiu disfrutar melhor dos períodos de observação.
E claro está, no inverno existem novas espécies para observar 😉
Mais uma manhã Produtiva, no que toca a avistamentos, no início da Primavera de 2024...
Ao olhar desatento, parece que não se encontra nada, mas com auxílio dos binóculos, e com alguma calma, paciência e serenidade, os avistamentos sucedem-se...
A Primavera é até ao momento a melhor época, segundo a nossa opinião para visitar este local... Os Ninhos fervilham de novas vidas...
Absolutamente cativante... Próxima aquisição... Uma câmara fotográfica à altura, que permita fotografar os avistamentos, só possíveis com binóculos e fazer jus ao local...
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