A Vila de Soajo é muito conhecida pelo seu grandioso núcleo de espigueiros (classificados como Imóvel de Interesse Público), construídos sobre uma gigantesca laje granítica.
O conjunto dos Espigueiros de Soajo compõem uma eira comunitária constituída por 24 espigueiros, todos em pedra e assentes num afloramento de granito.
Os espigueiros de Soajo são ainda utilizados pela comunidade local para a secagem do milho.
O mais antigo data de 1782.
Daqui do alto, se avistam os montes e serras ao seu redor, de uma natureza sem mácula e de um verde deslumbrante que caracteriza esta região do Alto Minho e que nos apaixona.
Sempre coroados com uma cruz no alto, como pedidos de proteção divina, este é o sinal evidente da sacralização destes armazéns cruciais para a vida destas gentes.
As estruturas roladas, na sua base serviam para evitar que os roedores entrassem e estragassem o sustento das famílias, pois para muitas delas este era o único meio de sobrevivência.
A Serra do Soajo foi das primeiras Montarias Reais implementadas no Gerês. Isto porque a caça era uma atividade dominante e os “monteiros”, exímios caçadores fiéis guardiões do couto, garantiam a segurança das gentes locais e o equilíbrio do ecossistema.
Assim surgiu o Cão Sabujo da Serra de Soajo que é uma raça autóctone, que aparece fortemente documentada desde a Idade Média, sendo um companheiro inseparável dos Monteiros nas atividades cinegéticas e de controlo deste território.
A paz que emana da paisagem, dos sons e cheiros, desta vida rural que nos encanta, deixam sem dúvida no coração e na alma, ansia pelo regresso.
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